As dúvidas persistem quanto á possível venda, embora o
estado Português, pressionado pelos compromissos assumidos com a troika, e pela
ideologia neo-liberal deste Governo, parece estar muito perto de concretizar o
negócio com o milionário colombo-brasileiro-polaco Germán Efromovich. Mas parece
existirem ainda muitas dúvidas quanto ao desfecho desta situação.
Efromovich,
o único
Houve apenas um
candidato, o milionário colombo-brasileiro Germán Efromovich, através da
holding Synergy – um grupo com interesses em vários sectores e que detém 100%
da Avianca Brasil e 67% da Avianca (que junta a colombiana Avianca e a peruana
Taca). A haver encaixe para o Estado com esta privatização, não pagará taxas
por excesso de peso na bagagem. É que a TAP tem os capitais próprios (diferença
entre activo e passivo) negativos em cerca de 500 milhões de euros e uma dívida
que ronda 1,2 mil milhões.
Tem, porém, atributos
que encaixam na perfeição nos planos de Efromovich, permitindo-lhe fazer um
casamento de sonho entre a Europa e a América Latina. O investidor já disse que
não pretende mudar o apelido da “noiva”, como o próprio se refere à TAP, nem
desmantelar o principal activo da companhia: o hub [placa giratória] de Lisboa
Esta semana termina a
auditoria que o colombo-brasileiro está a fazer à transportadora aérea para
servir de base à proposta final de compra que terá de fazer ao Governo até às
12h de 7 de Dezembro. Efromovich diz que só recuará “se o atirarem pelas
laterais”. Mas o executivo tem vincado que poderá desistir a qualquer momento
do negócio, caso a proposta não satisfaça os interesses do país. No entanto,
além de estar pressionado pela troika a cumprir o programa de privatizações, o
Governo também tem de fechar o capítulo da TAP para poder concluir com sucesso
a venda da gestora aeroportuária ANA, para a qual há neste momento cinco
candidatos com data limite para entrega das propostas vinculativas a 14 de
Dezembro. Apesar das dúvidas, há agora demasiado em jogo para deixar que a
alienação da companhia de aviação volte a constar na lista das promessas por cumprir.”
In http://www.publico.pt/economia/noticia/gabinetes-de-jose-dirceu-promoveram-a-entrada-de-efromovich-na-tap-1577654
Por todas estas situações muito pouco clarificadas e com um
único interessado, não será melhor com alguma calma e discernimento verificar
todos os prós e contras desta venda e dos efeitos que poderão ter na nossa
economia. Numa futura venda de uma companhia com esta dimensão é bom haver
sempre “dois galos” a lutar pelo poleiro, o que acontece aqui é precisamente ao
contrario, é um Portugal quase a pedir por amor de deus, para que este Sr. Efromovich
concretize o negócio, uma vez mais por pressão da Troika e pelo que foi
assinado no memorando de entendimento, no entanto o tempo só corre a favor de
um lado.
Será que este Sr. quer mesmo comprar a companhia e manter
o tal HUB que é a placa giratória para outro País, isto porque a TAP vale
também por este aspecto. Acho que existe muita indefinição quanto á venda da
companhia e também em que moldes. Penso neste momento não existir condições para
que se faça uma venda e que se seja pago o real valor desta companhia.
Até lá, sejam felizes… se a Troika, Gasparzinho, Coelinho
e Relvinhas vos deixar!!!
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