segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Afinal quem autorizou a PSP de visionar as imagens recolhidas pela RTP?


É certo e sabido que a direcção da RTP demitiu-se por causa da suspeita de cedência de imagens não emitidas à PSP da manifestação de 14 de Novembro à frente da Assembleia da República, no entanto no entanto não se sabe bem por quem é que foi solicitado o visionamento por parte da PSP à RTP. Será que foi pelo comando de Lisboa ou se por algum Ministro neste caso o da Administração Interna. A polícia deslocou-se á RTP ou viu as imagens em “casa” confortavelmente no seu sofá?

Após passadas algumas semanas e o inquérito ainda a decorrer ninguém consegui-o perceber bem ao certo que foi o responsável. Uns dizem que foi o ex-director de informação, o próprio Nuno Santos em declarações á comissão de inquérito na Assembleia da República diz que não foi ele a autorizar os elementos da PSP a visionar estas imagens.

O próprio Marcelo Rebelo de Sousa sublinha a importância da ERC para apurar a verdade e diz que o órgão regulador deve apurar rapidamente o que aconteceu no caso que envolve Nuno Santos, a RTP e as imagens dos confrontos da greve geral junto ao Parlamento.
Mas então, não terá de haver um deferimento por escrito a autorizar o visionamento destas imagens? Até porque existe a Comissão Nacional de Protecção de Dados, que terá de ter uma palavra a dizer sobre o visionamento ou não destas imagens, salvaguardando sempre a protecção de dados.

Em comunicado o Conselho da Administração da RTP disse, que "responsáveis da Direcção de Informação facultaram a elementos estranhos à empresa, nas instalações da RTP, a visualização de imagens dos incidentes verificados após a manifestação em frente à Assembleia da República, no dia da greve geral". Subentende-se que estejam a referir-se a elementos da PSP.

O objectivo seria, ao que parece, a polícia poder identificar os manifestantes que atiraram pedras às forças do Corpo de Intervenção que faziam um perímetro de segurança no acesso ao Parlamento.

Penso que podemos considerar um dos maiores escândalos da democracia portuguesa, mas também parece já não escandalizar muita gente, porque este tipo de tomada de posição tem sido muito comum nos últimos tempos.

Da parte da PSP, o alegado pedido à RTP mostra como a polícia, não olha a meios para tentar obter os seus fins, mesmo que ponha em causa o Estado de direito democrático, os direitos liberdades e garantias dos cidadãos e o princípio da separação de poderes, se é, que ainda existem na actualidade, porque o que temos notado é uma politização geral, seja pela via da comunicação social, seja pela via do Ensino (quem não se lembra do modo como o Ministro Relvas se licenciou), aliás só a Polícia é que protege neste momento este Governo, e por tudo isto têm de andar com a policia na palma da mão.

Ate lá, sejam felizes… se a Troika, Gasparzinho, Coelinho e Relvinhas vos deixar !!!

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